Uma pesquisa encomendada pelo CIEE nacional (Centro de Integração Empresa-Escola) e publicada no jornal “O Globo” revela que diminuiu o número de jovens entre 14 e 24 anos de idade que não estudam e nem trabalham no Brasil – a chamada geração “nem-nem”. Segundo a pesquisa, 76% dos egressos que concluíram o programa de aprendizagem, entre os anos de 2016 e 2017, estavam trabalhando ou estudando.
As informações são do estudo “Aprendiz CIEE”, que realizou 1.809 entrevistas com participantes que concluíram o programa de aprendizagem em várias regiões do país. O objetivo era avaliar o impacto do programa na vida dos jovens após a conclusão do aprendizado que dura dois anos.
Um dos objetivos era entender a relação entre a qualificação dos jovens (através da aprendizagem) e a empregabilidade. O resultado evidencia que ter 76% de jovens que deixam de ser ‘nem-nem’ reflete em produtividade da economia, segurança pública, emprego e renda.
O Programa Aprendiz permite que jovens aprendam uma profissão sem parar de estudar. Cada empresa tem seu modelo, mas todas devem atender às normas da Lei da Aprendizagem (número 10.097/2000).
O maior objetivo não é que o jovem aprendiz permaneça na mesma empresa, mas que o programa aumente sua empregabilidade, qualificando-o para continuar no mercado de trabalho. A pesquisa mostrou que 53% dos egressos estão trabalhando, sendo que 37% são assalariados registrados.
Benefícios aos mais vulneráveis
A pesquisa reforça ainda o perfil social do programa de aprendizagem: 54% dos egressos vêm de famílias com renda de até três salários mínimos e segundo o estudo, 81% dos participantes ajudaram suas famílias financeiramente durante o programa. Assim, eles podem ter uma perspectiva futura de vida melhor com a qualificação profissional, aumento da autoestima e formação de valores éticos.
Em todas as regiões do país há milhares de jovens aguardando oportunidades de vagas nas empresas para o Programa Aprendiz. No Paraná, o CIEE tem cadastrados mais de 21 mil candidatos à espera de vagas para aprendizes.
Segundo o presidente do CIEE/PR, Domingos Murta, é importante que as empresas cumpram o disposto na Lei da Aprendizagem e abram mais oportunidades de qualificação profissional aos jovens, contribuindo para a redução da chamada geração “nem-nem”. Além disso, contratar aprendizes é investir na formação e qualificação de futuros quadros de pessoal para as necessidades das próprias empresas – acentuou Murta.
Os jovens interessados nas vagas de aprendizes podem procurar mais informações clicando aqui