Escrever envolve partes do nosso cérebro dedicadas ao aprendizado e à memória, o que faz dessa atividade parte fundamental dos estudos
Desde que somos crianças, aprendemos que ler é o melhor caminho para adquirir conhecimento. Essa é, de fato, uma verdade incontestável: a leitura é um hábito cada vez mais importante para interpretarmos o mundo em constante mutação em que vivemos. Porém, algo nem sempre mencionado é o poder da escrita na hora dos estudos. Bem como ler, escrever também tem uma função essencial no nosso processo de adquirir conhecimento.
Estudos comprovam que escrever, principalmente à mão, é um ótimo exercício cognitivo. É por isso que, quando escrevemos algum conteúdo aprendido em sala de aula ou mesmo estudando em casa, conseguimos guardar as informações de maneira muito mais fácil. Isso acontece porque escrever é uma das atividades que mais exercitam nosso sistema de memória.
Segundo Ronald Kellogg, pesquisador da cognição da escrita na Universidade de Saint Louis, nos EUA, autor do livro “The Psychology of Writing” (A Psicologia da Escrita, em tradução livre), escrever demanda mais da nossa memória do que ler ou mesmo do que tarefas diretamente ligadas à memorização, como decorar uma lista de palavras.
Ao escrever, utilizamos nossa Memória de Trabalho Verbal, uma parte do nosso sistema de memória que guarda informações enquanto elas são úteis para nós. É por isso que escrever pode ser um exercício muito bom para fixar um conteúdo mais facilmente no cérebro: ao escrever, estamos treinando a parte da nossa memória que guarda informações que precisamos.
Caso você queira aprofundar ainda mais sua capacidade de memória com a escrita, uma boa dica é aprender a escrever à mão em outras línguas. Isso exige ainda mais do cérebro, fazendo com que ele continue ativo e se desenvolva ainda melhor.