Entenda o que é preconceito linguístico, suas causas e tipos. Ainda, veja dicas para combater no ambiente de trabalho.
O Brasil é multicultural, com famílias de diferentes origens, raças e nacionalidades. Essa combinação faz com que existam uma infinidade de variações linguísticas no país. No entanto, um efeito negativo é o preconceito linguístico, que pode atingir pessoas que falam e escrevem diferente da norma culta portuguesa.
Veja a importância desse assunto e como evitar que ele se propague no ambiente de trabalho.
O que é preconceito linguístico?
Preconceito linguístico é a discriminação de uma pessoa pela forma como ela se comunica, seja na fala ou escrita. Ou seja, preconceito linguístico é quando as variações que fogem da norma culta são vistas de forma pejorativa e negativa.
O Brasil é um país continental e há variantes linguísticas em todas as regiões e estados. Nesse sentido, o preconceito linguístico está associado às diferenças regionais, desde dialetos, regionalismo, gírias e sotaques.
Além disso, pode estar associado à falta de instrução e alfabetização. Isso porque uma pessoa que não frequentou a escola, por exemplo, pode não saber as regras de escrita e fala da norma culta e, por isso, se comunica como aprendeu, mas pode não saber regras gramaticais, pontuação, entre outras.
Quais os tipos de preconceito linguístico
Existem muitos tipos de preconceito linguístico, como:
- Preconceito regional: acontece quando pessoas que vivem em regiões mais desenvolvidas acham que seus dialetos ou sotaques são superiores aos outros.
- Preconceito socioeconômico: pessoas com acesso à educação formal e de qualidade citam a fala e a escrita de pessoas com menos condições socioeconômicas como erros.
- Preconceito cultural: pessoas que consomem conteúdos mais cultos, acreditam que o uso da linguagem informal é errada.
As consequências do preconceito linguístico
A principal causa do preconceito linguístico é a crença de que existe uma única forma de falar e escrever, sem considerar as condições culturais, regionais e socioeconômicas de cada pessoa. Essa atitude pode ser muito prejudicial para as vítimas, gerando consequências como:
- Medo de falar em público e se expressar, como em reuniões no trabalho.
- Se sentir excluído entre os colegas por falar um dialeto ou com um sotaque diferente.
- Baixa autoestima.
- Dificuldade de conseguir um emprego ou mesmo receber promoções no trabalho.
Como conscientizar sobre o preconceito linguístico no ambiente de trabalho
Por esses motivos, é essencial combater o preconceito linguístico no ambiente de trabalho.
Dessa forma, é preciso criar um padrão de linguagem inclusiva na empresa. Isso pode ser feito por meio de palestras educativas sobre as graves consequências do preconceito linguístico.
É importante abordar o tema entre os colaboradores e explicar que a língua portuguesa é dinâmica e pode sofrer alterações, não apenas regionais como ao longo do tempo.
Outro papel importante da empresa é oferecer suporte para as pessoas que se sentem atingidas por este tipo de preconceito. É preciso criar um canal de comunicação aberto para que elas possam se expressar e relatar os acontecimentos. Ofereça também apoio com profissionais como psicólogos, caso seja necessário.
O preconceito linguístico é grave e deve ser combatido no ambiente profissional. Para tanto, é necessário conscientizar os colaboradores sobre o assunto.
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