CONCURSO DE REDAÇÃO “A MULHER BRASILEIRA NO MERCADO DE TRABALHO” – CIEE/PR – 2021
OBJETIVOS
Impulsionar junto aos aprendizes do CIEE/PR a prática da escrita de textos do tipo dissertativo – argumentativo, fomentando o desenvolvimento das expressões entre leitura e escrita, sobretudo aplicar os conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema e a reflexão acerca da relação entre o feminino e o mundo do trabalho.
O concurso consistiu na criação de uma redação discursiva-argumentativa com o tema da inserção feminina no mundo do trabalho e as suas relações. Puderam se inscrever aprendizes do CIEE/PR vinculados (as) à instituição no ano de 2021, individualmente.
AVALIAÇÃO
Foram considerados pela banca avaliadora os seguintes critérios: Organização Textual, Objetividade, Clareza, Pertinência, Gramática, Concordância e Criatividade.
PREMIAÇÃO
Divulgação da redação vencedora (1º lugar) por meio do site e redes sociais oficiais do CIEE/PR. Serão premiadas as 03 (três) redações vencedoras de 1º, 2º e 3º com certificado de participação no Concurso de Redação CIEE/PR, com a possibilidade de produção de um e-book com as principais redações que participaram do concurso.
RESULTADO
Entre as centenas de redações recebidas, as vencedoras foram:
1° lugar: Ana Letícia Stori Mendes – Umuarama/PR
2° lugar: Julia Madalena Ribeiro de Lima – Curitiba/PR
Abaixo, a redação da aprendiz Ana Letícia Stori Mendes, que ficou em primeiro lugar no Concurso:
Ana Letícia Stori Mendes – Umuarama/PR.
A LUTA NA (DES)IGUALDADE NO MERCADO DE TRABALHO PELAS MULHERES
A (des)igualdade das mulheres diante ao cenário profissional tem raízes longas e bem fixadas na cultura brasileira. A luta por igualdade das mulheres no ambiente de trabalho é antiga e constante, a fim de conquistarem um espaço profissional, um salário digno, proporcional e igualitário, além disso, um posicionamento que seja levado em consideração. Essa luta tem sido de forma incansável para reparar uma história de objetificação e construção social discriminatória.
Em 1827, após a Independência do Brasil, foi regulamentado o ensino primário no Brasil que determinava a instituição de Escolas de Primeiras Letras, cuja educação lecionada pelos professores deveria ser leitura e escrita, operações básicas de aritmética, gramática nacional e os princípios da moral cristã, contudo, desde esse momento as meninas não tinham o mesmo ensino que os meninos, existia a ideia de que matérias mais racionais como aritmética eram ensinados aos meninos, e para meninas matérias como educação ao lar, uma educação discriminatória.
É uma construção patriarcal que subjuga a mulher a cuidar do espaço privado, de sua casa, de seus filhos e maridos desde os primórdios da história e isso tem acumulado muita dor e restrição a história das mulheres. É por este fato que até hoje temos que lutar por ações afirmativas, que garantem as mulheres direitos que já são delas, temos que lutar e ainda estamos lutando para sermos levadas a sério, conquistar uma posição justa de trabalho e salários adequados e igualitários, mas claro, sem esquecer que além disso ainda cuidamos do lar.
Por fim, não podemos negar que há um grande avanço na conquista pelo espaço de trabalho das mulheres do Brasil, sobretudo, em 2018 o IBGE divulgou em sua pesquisa que para um trabalho comum, mulheres apresentam um nível de escolaridade de 22,8% enquanto homens apresentam 18,4%, dentre outras divergências que nos leva a conclusão de que para uma mulher ocupar um cargo hoje, ela precisa disponibilizar de mais esforço e fonte energética que um homem, além de ainda continuar com seus afazeres domésticos. A luta não pode parar.
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