O mundo do trabalho ainda precisa evoluir muito para oferecer oportunidades igualitárias para todos. Um dos problemas mais preocupantes e que afeta mais pessoas é a desigualdade de gênero: mulheres recebem menos e ganham menos oportunidades que homens no mundo todo. Esse cenário vem mudando gradualmente com o passar do tempo, mas ainda é bastante presente na nossa sociedade.
Veja abaixo quais são os principais problemas que ainda precisam ser superados para que as mulheres tenham igualdade no trabalho:
O principal problema de desigualdade entre homens e mulheres no mundo do trabalho é a diferença nos ganhos salariais. Segundo pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres latinas e caribenhas recebem, em média, 17% a menos que homens com o mesmo nível de instrução. Essa situação fica ainda pior quando consideramos diferenças de raça. De acordo com o IBGE, mulheres negras receberam em 2018, em média, menos da metade do que receberam homens brancos: cerca de 44%.
As desigualdades vão além do salário. Segundo a OIT, mulheres têm maiores taxas de desemprego. Apesar da melhora nesse aspecto nas últimas décadas, esse avanço não se traduz em empregos formais, mas sim na informalidade e em empregos parciais ou esporádico.
Outro problema muito comum para as mulheres é a dupla jornada. Além da jornada de trabalho, elas ainda são responsáveis pela maioria das tarefas domésticas. Apesar dos avanços na mentalidade da sociedade e da maior divisão igualitária dessas tarefas, a OIT aponta que elas ainda são responsáveis por 80% das tarefas domésticas, algo que dificulta muito sua inserção no mundo do trabalho.
O cenário é ainda menos favorável quando consideramos cargos de liderança. Segundo o International Business Report (IBR) – Women in Business 2019, pesquisa da Grant Thornton, houve evolução no número de mulheres em altos cargos, mas muito lentamente. “Nos últimos cinco anos, a proporção de empresas globais que empregam pelo menos uma mulher na alta administração subiu 20 pontos percentuais – 12 pontos apenas no ano passado. Entretanto, globalmente, a proporção de mulheres em cargos de liderança ainda não atingiu o nível mínimo esperado (30%) para tratarmos como um início à paridade de gênero”, diz o relatório.
Para mudar esse cenário, são necessárias não só ações efetivas de valorização das mulheres por parte das empresas, mas também uma mudança cultural e uma evolução constante que englobe toda a sociedade em prol da igualdade de gênero no mundo do trabalho.